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ANA PAULA ALBERTO CALDEIRA **OUTRAS PAGINAS, DA PAGINA OFICIAL** http://ana-paula-alberto-caldeira.blogspot.com/ Bloguer*youtuber*pintora*escritora*fotografa* internauta/cronista*Tripulante de Ambulâncias de Transporte, da Cruz Vermelha Portuguesa *Formação Base Cruz Vermelha Portuguesa *Sócia Cruz vermelha Portuguesa*

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PAGINA II D JOSE E CAROLINA II, DIARIO DE FERIAS DE YRANINA PETROVIC etc



PAGINA II

D JOSE E CAROLINA II




A cidade do sertão brasileiro, ainda dormia, quando nichinho, espreita pelas vidraças das janelas de guilhotina, e de seguida sobe-as, para cima e espreita, pelas frestas, da versiana de madeira,  abre-as para refrescar o quarto, espreitando de seguida para a rua, empedrada de cima a baixo.
-Esta muito calô, hoji!!! olha! lá vai muleres, de um lado para outro, com homens do lado, vice maria tem sombra ali! na parede chapéu alto, e nariz grande, na casa da sinhã maria do carmo,  aquela muler, qui não tinha homi!!! , fala baixo! Nichinho! tinha homi! e muito! mas de outras muleres.
Não tem ninguém por perto, vou fichar a janela, para não entrá, essa assombração, para aqui, a alma penada, que vem vindo para cá, virá no rasto di quem? vou pegar rosário! 
Não tem ninguém por perto, vou fichar a janela, para não entrá, para aqui, a alma penada, que vem vindo para cá, virá no rasto di quem?
Nichinho, fecha as versianas de madeira, e espreita pelas frestas, pela parte de dentro.
-cruzes, Cristo, é homem com chapéu, será jagunço? É assombração! E vem para aqui!
Nihinho, puxa as janelas de guilhotina, para baixo, e encaixa os fechos nos lados e corre pelo corredor, em direcção ao quarto, que fica nos fundos da casa.
A casa onde nasceram os pais de D José, o embaixador e banqueiro, Jairo da silva Cunha e Andrade de Sousa e Ferreira, 3º visconde da família, Silva Cunha e Andrade e Ferreira.
De seguida, enfia-se na cama, e tapa a cabeça.
Quando acorda, Nichinho, olha á volta, e levanta-se, seguindo de novo o corredor, ate á sala grande, do palácio do Visconde, quando olha o relógio da sala grande:
-O rilogio caiu! nas duas da manhã?? 
Veste o colete de pele de vaca, e coloca o chapéu, de cobra e vai ate ao café do Emílio cafezeiro, que ficava a poucos passos, dali.
Segue,  contemplando as paredes das casas todas, ate á loja do Emílio cafezeiro.
-Bom dia!
Emílio cafezeiro, esboça um sorriso, e dá a novidade a nichinho:
-Nicino, tu já sabe da novidade, de hoji?
Nichinho, olha Emílio:
-Não! Qui foi?
Emílio, sai detrás do balcão e puxa nichinho para um canto do café, mostrando-lhe o jornal.
-Tu não conta nada! Mas a diaxa da carolina, matou o tal jagunço, lobisomen, e dizem que anda por ai, o espírito do bicho, nas paredes e casas da cidade, olha ele! olha qui! no jornau! olha ele morto! Mortinho com olho regalado!
Nichinho, olha o jornal,  pega nele, e nem lê, o resto da noticia, desata a correr, pela calçada, empedrada da cidade do Sacramento do Senhor do Bonfim, ao cimo da rua das casas rasteiras, vira á direita, passa a Praça, D José do Sacramento,  a estatua do tio de D jose,  bate na porta da casa grande, do patrão onde funcionava, o antigo convento de jesuítas.
Com o jornal na mão, nichinho, bate á porta, a governanta vem abrir, e este empurra a porta, e a governanta.
Nichinho so pára á porta, do quarto de D José.
-Eu sabia, que era ele! Eu conheci, pelo chapéu, tenho que avisar patrão.
D José acabara de chegar, com a mulata, do Bordel “cristal do sonho”
Emílio, fica á porta do café:
-Nichinho! Traz esse jornal para mim! Se faz favô, Diaxo do homem, parece doido!  
D José dormia, quando nicinho, bate á porta, e jagunço Julião, fica parado, no meio do corredor, com a pistola na mão.
Nichinho,  abre porta do quarto, aos gritos.
-Patrão, patrão! A diaxa carolina, matou o jagunço José Carlos, o lobisomem, viche maria, patrão, olhi, aqui!! Emílio cafezeiro, diz que o espírito do jagunço, agora anda ai! E eu hoje, já vi ele!
D José, e zezinha do Cristal do Sonho, acordaram, zezinha nem teve tempo ,de puxar o lençol para cima de si, nem D José.
Nichinho, tapava a cara, e espreitava ao mesmo tempo, murmurando baixinho.
-Mãe de deus, que carni boa!!! qui maravia, tem o Cristal do Sonho !!! tem homim com muita sorte, e patrão é homem, assim memo!! pra mim, muler, nem olha! Nim sei porquê?
D José, olha José Maria, e levanta-se assim mesmo:
-Rua!! Ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, Não! Venha cá! Não! ali! naquela sala, para ali!
De seguida, tapou com o lençol, Zezinha Munhoz, a dona do Bordel.
-Oh! Moleque, enjeitado!!! com cara da capivara, vem cá! Vem?!
José Maria, segurava, o jornal, quando entrou, com D José, para a sala.
-Patrão, o sinhó, não vestir roupa, é que esta todo nú.
D José, riu á gargalhada.
-Nós somos, homens! ou somos, mulher e homem? Ou somos, o quê?
Nichinho, deu uma gargalhada, entregando o jornal para D José.
-Moleque enjeitado, se tu veio aqui, com graçolas, estorvar um acontecimento, notável da minha vida, que so já acontece, de vez em quando, tu pode ter certeza, que é hoje ainda é morto. E não pense, que entrego serviço, para o índio! faço eu mesmo! Tu sabe, que eu sou capaz disso!
D José pega o jornal, da mão de José Maria, e começa a ler.
-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! A diaxa matou o diaxo???????????????????????? virgem maria! Manoloooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo as minhas pistolas, quero aqui as minha pistolas!!!!!!!!!!!
 O índio manolo, apareceu de imediato, dirigindo-se a D Jose.
-Patrão, que passa?
D José, entregou o jornal, a manolo.
-Mate essa mulher, antes que ela me mate a mim, como matou o jagunço José Carlos.
Nichinho olhava os dois e tremia, sem que se apercebem-se, afastou-se.
Jagunço manolo, pega no braço de “nicinho”:
- a dónde vas expósito?
Nicinho, não percebeu, e continuou, manolo, insiste.
-vem cá, enjeitado, onde vais?
D José interveio.
-Largue o nicinho, e va ao seu trabalho, mate a carolina! E traga a cabeça! que inferno, aquela mulher, de certeza que vem para aqui.
Uma empregada, entra na sala.
- Meu deus, D José, que é isso, o senhó todo nu, que beleza!!!!!!!!!!!! olha só!!
D José, manolo,  nichinho, olham também a empregada, que regala os olhos, para D José, este de imediato, tapa com as mãos as partes á vista, que faz a cobiça da empregada.
Manolo entrega chapéu a D José, que tapa o que empregada, cobiça.
-Pronto, já não há!
Zezinha, esta de saída, pela outra porta, em direcção aos claustros, seguindo ate porta da saída, ao fundo.
Entra carolina, e foge tudo.
D José, chama jagunço Manolo:
-Vem cá índio!! você vai matar carolina, e senão mato,  eu você!
O índio, olhava, para a parede de trás de D José.
-Que esta olhando, índio?!
Nichinho, intervêm:
-Patrão! o sinhô, tem retrato de carolina, lá no cimo da parede, por cima de armário, atrás de vossemecê!
Manolo, recuou ate á porta, D José colocou-se de frente para o quadro, onde estava foto, e disparou.
-pronto, esta morta!
Manolo, saiu:
-Indioooooooooooooooooooooooooo, vem cá!
Manolo não foi , carolina chegara.
Os jagunços escondem-se, por trás das colunas dos claustros, e espreitam com as pistolas, em punho, esperando ordem para disparar.
Nichinho, atira-se para o chão, rastejando ate á capela, do monge luís Escobar, que o vê, entrar a rastejar:
-Oh! alma confusa, e perdida, que procurais, aqui? E que fazeis, rastejando neste lugar sagrado? meu filho! Sentes-te bem? Erguei-vos!
Nichinho, olha para cima e o monge sorria:
-Padreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! chegou a diaxa, e vai haver mortes, ela anda sempre armada, ate aos dentes!!!
O monge, benzeu-se, respondeu:
-Filho de deus, olhe bem para mim, eu tenho traje de padre? eu não sou padre, mas monge, alma de deus, sai dai, que vai ficar todo sujo, venha cá! senta aqui!
Nicinho levantou-se, e sentou-se.
-A carolina e D José, ja vivem junto e separados, ´há anos, você sabe disso! as armas que ela tem, são as dele! Porque ela tira-lhas, porque ela sabe que ele compra mais, e ficamos por aqui! Porque as paredes, tem ouvidos.
Nichinho abalou a cabeça, e o monge continuou.
-tem gente nichinho, que anda por ai,  ouvindo conversas e a ver sombras na parede.
Nichinho, não perde oportunidade, para falar do assunto do fantasma.
-Padre! hoje eu vi fantasma, do jagunço, que carolina matou!
O monge, olhou muito serio, nichinho:
-Mongeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Então, é essa a novidade que traz aqui? Como sabe disso!  Virgem mãe de deus! Jesus Cristo nos guarde e salve! 
 Pois é! «exclamou nichuinho» que nos guarde! E que as pistolas, não estejam carregadas.
De seguida saíram os dois, para os claustros, estavam já a pistolas, apontadas, de um lado, e outro:
Nichinho, fala baixinho para o monge:
-Viu! ele hoje mata ela, é hoje, padre!:
O monge, olha-os e segreda ao ouvido, de nichnho:
-Monge! Filho de deus! monge!! depois disto, ele acaba na cama com ela! é costume! Se não for hoje, é amanhã, vamos ver, vai na frente falar ao cangalheiro, para preparar tudo!
Dando uma gargalhada, de seguida:
Nichinho corria, e esbarra com carlão:
-Oh! maluco! onde vai tu! jacaré? esse teu chapéu, é de jacaré? ou cobra?.
Nichinho, corre e sai para a rua, á procura do cangalheiro.
De repente pára:
-O cangalheiro, morreu ontem, mordido, por uma víbora!!a casa esta fichada!!
Nichinho voltou para trás.
-O monge conversava com carolina, e D José, saiu.
Nichinho, entra, e sai de seguida, atrás de D José:
-Patrão? onde vai sinhor??
D José, não responde, e entra no carro, nichinho também.
-Sai dai! quem mandou tu entrar? cabeça de capiavara! esta bem! fica!! tu sempre serve para alguma coisa! nem que seja para segurar, a cabeça de uma víbora! e meter balas na pistola.
Dando uma gargalhada, nichinho benzeu-se.
Nichinho, vai no banco de trás.
-Dom Jose? onde vai o sinhor?
D jose não responde, e para á porta da Delegacia, na Rua do Rio Grande, nichinho, abre a janela, e fica a olhar, para cima e para baixo.
-Vá! saia! você é minha testemunha, que carolina me quis matar!!
Nichinho, tremia, quando entrou na delegacia.
Lado dentro o jagunço lobisomem, preso.
Nichinho e D jose, olharam José Carlos.
-Jagunço «interrogou D José» tu não esta morto?
Nichinho, benzeu-se:
-Não acredito, to vendo, o morto aqui, o fantasma di pessoa existe!
Nichinho, fala para José Carlos:
-Tu é espírito, sai da dai, vá! sai, dai!
D José mandou calar, nichinho:
-Oh, tu cala a boca! ou tu sai pela porta? escolhe! 
A policia surgiu de imediato, José Carlos, soltou uma gargalhada.
-Alguma vez eu tenho medo de muler!!! D José!!
A policia, foi conversar em privado, com D José.
Nichinho, conversava com José Carlos.
-Oh! Bicho di mato, essa conversa di muler, é pra mim? mas tu matõ quem? Vem no jurnau, qui tu, foi morto por carolina, e aparece la a tua cara di morto.
José Carlos, ri de seguida:
-Oh! Capivara, vai ouvir ali a conversa e dipois conta para mim, tá! 
Nichinho, fez o que disse, José Carlos.
O chefe da policia, comentava com D José, que ou o José Carlos, ou carolina, dispararam, sobre o homem do barco, do rio das cobras verdes.
D José, mandou soltar, José Carlos, nicinho ainda correu para contar a novidade, mas ja não foi a tempo, D José chegou primeiro, para contar para o jagunço.
-José Carlos, quem matou, o homem do barco?
José Carlos:
-Não sei, houve tiroteio, e ela foi na frente, depois não sei o resto!
D jose, olha desconfiado.
-Tu! Sabe, jagunço! Que eu  sei tudo! Ouviu?!
Apontando o dedo, na direcção do nariz, de José Carlos.
A policia, chega entretanto.
-José Carlos, tu pode ir, sobe fiança, tu vai pagar?! Ou fica aqui!
D José, retirou-se, com o policia.
-Permita-me inspector, pagar fiança, desse meu empregado, em relação carolina, eu não sei dela! Do que houver diga-me! 
D José, retira-se sem José Carlos, nichinho segue D José.
-Patrão, para onde vamos?! e o jagunço.
D José abre a porta, e empurra nichinho para dentro do carro, entrando ele de seguida, para o lugar do condutor.
-tu cala a boca, e quando chegar a casa, quem fala sou eu!!
D José parou o carro, á porta do bordel, e manda sair nichinho.
-Vá saia! fica aqui, que eu ja venho!
Nichinho, obedeceu, e foi para o café do Emílio cafezeiro.
-Boa tarde, dá uma bebida, para mim, Emílio.
Emílio, chegou perto de nichinho:
-Tu hoje veio, pegar muler? tem ai, coisa boa! qui chegou ontem! 
olha ali, qui esta chegando!
nichinho e emilio cafezeiro, vão para a porta do café, ver as mulheres, que entravam para o bordel, "O Veludo vermelho".
-Emilio, o bordé, mudou di nome?
Emílio cafezeiro, não respondeu, e piscava o olhos a uma mulher e fazia sinais, nichinho, também fazia sinais, pensando ser para ele.
-Emílio, hoji, venho cá, a ruiva estava fazendo sinau, para eu ir lá.
Emílio avançou para o passeio, atravessou a rua, e foi dentro do bordel, que tinha mudado de gerência.
Nichinho, olhava.
-E agora, quem toma conta, do café? ja tem gente entrado, pela outra porta.
D José chega.
-Já ta bebendo, de novo? não mandei você, para o bordel? o que tu ta fazendo aqui?
Nicinho, explicou a D José, o sucedido.
D José, pega no telefone:
-Jagunço, vem cá! estou no lugar do Emílio cafezeiro, vem tomar conta do café, que ele ta com muler, no "veludo vermelho"! não ria, vem já para cá!
Jagunço, pai santo como era conhecido, chegou na hora certa.
E de imediato, tomou conta do café, e faz alguma futurologia, mas logo se calou, com a chegada do monge.
-Alma exorcista, que faz ai, detrás do balcão? hoje é dia de macumba?
Jagunço, pai santo, olhou o monge e sorriu:
-Não padre, eu hoje sou a encarnação do Emílio cafezeiro, ele foi para outro mundo, ja volta.
O monge olhava á volta, quando fixa o olhar, para o lado de lá, da rua da Esperança.
-Que faz nichinho, á porta do bordel?
O jagunço, responde:
-Padre esta á espera de vaga, para entrada, para o novo mundo.
O monge sorriu.
-Não sou padre! sou monge! e você não vai?
O jagunço, servia bebidas, e recebia trocos, respondendo de seguida:
-Não! não posso! e quem fica com café?
O monge, deu uma gargalhada:
-Fecha-o! e diz que foi casa de banho, do bordel, porque fechou café e chave ficou do lado de dentro.
Jagunço, olhava o monge,  este saia a rir á gargalhada, indo também para o lado de lá, da rua exclamando: «como estarão, estas almas perdidas? corroídas pelo pecado?»
O jagunço, estava á porta, a ver se o monge entrava.
O monge não entrou, estava parado a olhar o edifício.
Entretanto, segue a rua empedrada, contemplando as arvores de grande porte, que a ladeiam, e as casas de estilo colonial, segue a rua, virando logo na próxima á direita, e subindo ate chegar á porta do antigo convento, dos jesuítas.
Havia jagunços espalhados, por todo o lado, sentados no chão de costas para a parede, á sombra dos claustros do convento, a limpar pistolas, e carregar os carregadores.
O monge, olha-os:
-Que fazeis aqui, pistoleiros? isto ainda é uma casa de deus, um convento respeitado, rua!!!!!!!!!!!!
Os jagunços guardaram as armas, e saíram, mas ficaram á porta do convento.
O monge entra na sala de D José, onde ficou o jornal, em cima da mesa, e começou a desfolha-lo.
José Carlos, surge na rua, e os jagunços fogem todos, para dentro do convento, para o interior da capela, o monge que lia o jornal, atira-o para o chão e corre de seguida também, quando vê passar José Carlos, atrás dos jagunços, o monge entra e fecha a capela, de seguida.
-Virgem Maria, nunca na vida vi um fantasma, pela primeira vez, tenho que ser um exorcista, crucifixos e rezas, tenho que ir ver no livro, não sei de cor, devem estar ali na gaveta.
O monge, espreita por uma janela, que dá para os claustros, os movimentos de José Carlos, os jagunços, estavam todos metidos na sacristia.
José Carlos pega no jornal, que ficou no chão, e senta-se num banco, perto da sala de D José.
-Uffffff! que fresco bom!!! esse lugar!! ainda não percebi, porque foge tudo de mim?! estranho, atiraram com o jornal para o chão, quais serão as novidades, já de dois dias!
aHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Os gritos de José Carlos, fazem sair os jagunços e o monge da capela.
José Carlos, segurava o jornal, aos berros.
-Vou processar, esses filhos de uma vaca!!! brava! não!!! de uma mula!! as minhas pistolas?
O monge, chega perto de José Carlos.
-Filho, você esta vivo? certo?! deixa eu mexer-lhe. Ah! é ! esta vivo! não é fantasma!
José Carlos, olhava o monge e o jornal.
-Padre! o senhor sabe o que aconteceu? puseram aqui na capa, um morto e dizem, aqui! que sou eu! e quem, me matou foi carolina.
O homem,  que apareceu morto, la na casa da cerca da mula brava, lá para os lados do poço seco, naquela fazenda do visconde Pinto dos Reis, lembra padre?! Aquele visconde, ruivo?
O monge.
-Filho, não faço ideia, de quem seria o visconde ruivo? D José talvez saiba.
Depois filho de deus, eu não sou padre, sou monge, os jornais para venderem, precisam de títulos sensacionalistas, e resto esta la dentro, percebeu? Além disso não é a primeira vez, que tu mata gente, e diz que foram outros!
Assim como o desaparecimento, do visconde ruivo!
José Carlos, atirou o jornal para o chão, os outros jagunços, olhavam José Carlos, que exclamou:
-Monge, para onde levou carolina?
O monge apanhou o jornal, e seguiu os claustros, a lê-lo, e a responder ao mesmo tempo, a José Carlos.
-Foi para a Europa! Filho de deus!
José Carlos, saia e fecha a porta, do antigo convento dos jesuítas.
-Vou fingir que acredito, deve estar com o Visconde.
O monge retira-se, e segue para outra parte do convento, onde estão os seus aposentos, os outros jagunços, ficam ali.
-Carolina, tens que sair daqui! Carolina? Carolina? Fugiu esta visto!!!
Uma carta, em cima de uma secretaria, chama atenção do monge.
-Aceitei a sua sugestão, e quando ler a carta, estou no Rio de Janeiro, sigo para a Europa, e vou procurar o seu amigo, aquele do endereço.
Obrigado padre, desculpe monge.
Não sei quem matou o tal homem, naquela noite, mas eu e o José Carlos, não fomos.
O monge guardou a carta, no bolso e respirou fundo.
-Finalmente! Temos sossego! Agora falta o jagunço, ir para Buenos Aires.
ana paula alberto caldeira 07/AGO/2014

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  DIARIO DE FERIAS DE YRANINA PETROVIC

Iniciei, o meu diario de viagem na madrugada deste dia, de 06 de junho de 2002, Varsovia.





Sai de casa, a rua estava deserta, aquela hora da madrugada, o horário era o mesmo, como se fosse trabalhar, mas com uma pequena diferença, estava de férias.
Antes de sair verifiquei, se deixara tudo em ordem, olhei o relógio da sala pela ultima vez, 4.45 horas da manhã.
Este horário variava , conforme as viagens que fazia, tinha um voo, para Xangai daqui a uma hora, eu sabia disso, porque viajara muitas vezes, para aquela zona do mundo.
Pedi um táxi, e olhei de novo a minha casa.
O táxi chegou, de imediato, e rumamos ao aeroporto, parte da cidade ainda dormia, mais uma vez, eu ia de viagem.
Estava na fila, para embarcar, quando um homem se dirige a mim:
-Hospedeira? Hei? Sou eu, Roger Blant, lembra-se de mim?
Estava longe, de encontrar ali um passageiro, era mais fácil, ele conhecer-me, do que eu, o conhecer.
Sai da fila, mas sempre a olhar, o ecrãs dos voos.
-Sim! Diga?
O homem continuou:
-Hospedeira Jasmina, lembra-se de um passageiro, que numa tempestade, severa, foi dar uma ajuda, a um piloto que ficara sozinho, porque o colega, foi casa de banho, e de repente, o avião foi atingido por um relâmpago?
Fiquei a pensar, não consegui chegar lá, e pensei, que fosse tudo conversa fiada.
Virei as costas, e fui de novo, para a fila, para o embarque para Xangai, um senhor simpático, deu-me a vez.
O homem continuava:
-Oh! Sra hospedeira, não se lembra do cidadão inglês, que salvou o voo, de cair no mar, quando tinha uma rota para Austrália, naquele verão de 1998?
Chegou a minha vez, apresentei os meus documentos e embarquei no avião, o homem não foi, o voo estava cheio, para meu alivio.
Não conseguia, lembrar-me nem do homem, nem do voo, nem do relâmpago, nem da Austrália, alias eu não me chamava Jasmina, mas Yranina.
Do outro lado, o homem em voz alta.
-Desculpe enganei-me, desculpe sra hospedeira.
Não consegui, saber o que o fez mudar de ideias, que eu, não era a outra.
Com o inicio do voo, lembrei-me do ano de 1988, daquele voo, para Austrália, que foi atingido com um raio, e teve sérios problemas, mas que consegui superar, mas não fomos nós, mas outra companhia aérea.
Depois disso, não me recordo de mais nada, importante com os voos, tirando o episódio do alcatroz, que foi sugado, pela turbina do avião. 
Adormeci, a pensar, no alcatroz, e dormi praticamente, o tempo todo ate Xangai.
Apanhei um táxi para o Hotel Mandarim, como era habito.
Dentro do táxi, fui olhando as avenidas, que separavam o aeroporto do hotel, sempre muito coloridas, e movimentadas.

Chegada ao Hotel mandarim
Hotel Mandarim, 07 de junho de 2002
Chegamos ao hotel Mandarim, em Xangai á noite, o edifício gigante iluminado, com muitos andares, e em forma de U, que eu conhecera muito bem, de estadia há vários anos, mais a tripulação do voos.
As nossas rotas, eram quase sempre Banguecoque/Londres, mas sempre com escala em Xangai, e claro no hotel Mandarim.
À entrada lá estava Hu Li, que despertou um enorme sorriso.
Na  recepção Liang, confirmava o meu quarto, o 36º o do costume, dizia ele.
Este hotel era maravilhoso, com vistas magnificas, de cima da cidade, chinesa.
Depois de arrumar a minhas coisas, desci para o jantar, o salão como sempre muito bem decorado, e o piano, de um dos lados.
Para jantar comigo, Lok Liang e Hu yong, dois militantes do partido comunista chinês, que eu já conhecera, de outras vezes, com o resto da tripulação dos voos.
Falavam do capitalismo, que entrara na china, através de Xangai, e outras cidades chinesas, nunca percebi, se concordavam ou não, com este terço de capitalismo, na china. O jantar foi delicioso, enquanto conversávamos, sobre a sua china e o capitalismo ocidental, o meu telefone, toca.
Do outro lado, o comandante Pierre Junot ao telefone:
-Olá, onde está hospedeira ? Já sei, que esta de ferias!!
Mudei de companhia aérea, minha querida, e estou na Tailândia, num hotel fantástico, o Banquecoq.
Onde esta querida amiga?
Levantei-me da mesa, e fui para outro local, falar com Pierre.
-Olá, querido amigo, estou no hotel Cartagena, na Colômbia, e o que faz na Tailândia?
Do outro lado, Pierre:
-Não seja assim, fofa, você esta em Xangai, e eu também, os chineses ja me disseram, se a tripulação esta zangada, porque chegaram dispersos.
Desliguei o telefone a Pierre Junot, e fui para o quarto.
Junot, não incomodou mais.

Hotel Mandarim 08 de Junho de 2002
 No dia seguinte, Pierre aguardava-me na sala, sentado numa mesa, para o pequeno almoço, não era difícil, reconhece-lo com aquela cabeleira loira, encaracolada, e o seu casaco escocês.
Com a minha aproximação, reconheceu-me de imediato.
-Venha cá fofa, não fique chateada, comigo, foi uma surprise, ok? Aqui o seu querido comandante, gosto muito de si!!e quando soube que estava sozinha, aqui na china, veio  de imediato.
Eu conhecia, suficientemente bem, Junot, e sabia que não era bem assim.
Olhei Pierre Junot:
-Querido amigo, todos nós sabemos, que viveu anos em Xangai, e que vem cá muitas vezes.
Pierre Junot, sorriu:
Questionei-o, sobre a mudança de companhia aérea.
 -Pierre, porque mudou de companhia aérea?
Junot:
-Porque pagam mais, querida, e alem disso, é so Camberra/Banguecoque, tem que vir comigo, querida vai adorar.
Olhei desconfiada Pierre, os chineses do outro lado da mesa, observavam-nos.
Desfolhava uma revista de viagens e hotéis, que se encontrava, ali perto, em cima de uma mesa, quando parei a olhar para uma das paginas, interroguei Pierre:
-Pierre?  Como será, o hotel Catarina II, em Moscovo?
Pierre junot, era de origem russa, do lado da mãe, e conhecia bem Moscovo, alias vivera lá, imensos anos.
Pierre:
-Minha adorada amiga, deve ser  parecido ao Palácio da Imperatriz, Catarina a grande!!! A princesa de origem alemã.
Dando de seguida, uma gargalhada, pondo os chineses a rir, também.
Eu não conhecia, nem o Hotel Catarina II, nem o palácio da Imperatriz de origem alemã, e não tive vontade de rir.
Continuamos na sala de jantar, depois disso fomos para outra sala, para beber café.
Eu estava há três dias de ferias, e os que sobravam, seria para conhecer a Tailândia.
Pierre nessa noite, deixou o Hotel Mandarim, e partiu para Camberra, tinha voo no outro dia, deixou o seu novo contacto, por debaixo da minha porta, do quarto.
O hotel russo, não me sai da cabeça, seria de facto assim como estava na revista, ou seria um replica do palácio da Imperatriz Catarina II.

Hotel Mandarim 09 de Junho de 2002
Fiz as malas, depois de confirmar, alguns dias de reservas, e confirmação de voo, para Moscovo, para o Hotel Catarina II era onde passaria, os meus restantes dias de ferias, ou não.
Eu não conhecia Moscovo, aquele mundo seria novo, para mim.
Mas Pierre Junot, sabia e de certo, tudo correria bem, ele era moscovita.
Pierre telefonou, nesse dia.
-Então fofa, onde está? Já estou em Pequim, decidiu onde ficar o resto das ferias ? ou vai ficar, nas praias da Tailândia?
Respondi ao Pierrre:
-Estou em Cartagena das Índias, e espero resolver o resto das ferias, para mais tarde.
Acabei de arrumar as malas, chamei um táxi, segui para o aeroporto.
O voo era dentro de uma hora, para Moscovo. 
Não lhe disse, para já, onde estava.

Moscovo, 10 de Junho de 2002
Aterramos na capital da Russa, ja de dia e percorremos, as avenidas da capital,  rumo ao Hotel Catarina II.
Pelo trajecto pude verificar, que o hotel, ficava perto do teatro Bolshoi.
A fachada do edifício, era muito ao estilo czariano, fiquei a contempla-lo, enquanto o taxista colocava as malas no chão.
Depois do pagamento, um empregado com farda requintada, levou para dentro as minhas malas, e já no seu interior, pude apreciar o aspecto muito requintado,  uma sala de entrada, muito ao estilo palaciano
E já na recepção, o meu quarto era o 12º, segui no elevador, ate lá.
O telefone, toca pensava que era Pierre, mas era uma colega da tripulação, a ligar-me.
-Olá amiga, como vão suas ferias? Não se entusiasme porque tem que voltar daqui a semana e meia. 
Segui o entusiasmo, de Luísa Santos, a colega portuguesa e disse onde estava, desconhecendo que Pierre estava por perto.

Hotel Catarina II, 11 de Junho de 2002
Depois de arrumar, as roupas e outros utensílios, desço para jantar e cruzo-me com um homem alto, loiro e de olhos verdes, fiquei a olha-lo, e ele também a olhar para mim, eu sorri, e ele também.
De repente, lembrei-me que fosse Dimitrove, arrisquei!
-Olá, como vai? sou Yranina hospedeira, da companhia aérea, CorAirlains.
Um homem aproximou-se, e sorriu:
-Olá Yranina, como vai? o que faz por aqui? Em Moscov?
Dimitrove, e eu conhecemo-nos em Xangai, fazíamos lá escala, e eles também, através da sua companhia russa, e a linha era Moscovo/Pequim.
Almoçamos, nessa dia, e a mesa compôs-se de comida requintada, e típica russa.
Atrás de Dimitrove, sempre dois homens, não achei estranho, Dimitrove era um homem, da ex KGB, isso eu sabia, mais o pessoal da tripulação.
O que eu não sabia, era que Dimitrove e mais uns sócios, eram os donos de varias cadeias de hotéis, e companhias petrolíferas.
Pierre liga-me, desliguei o telefone, e Dimitriove, percebeu.
-Porque desligou telefone?
Os seus olhos verdes, assustaram-me e respondi de seguida.
-Era Pierre Junot, lembra-se.
Dimitrove deu uma gargalhada, e retiro do bolso do casaco, de marca ocidental, um cigarro que o acendeu de imediato.
Eu olhava o comandante, Dimitrove que estava na mesma, sempre bonito, será que ainda era do partido, comunista russo.
Enquanto eu observava, Dimitrove e os seus guarda-costas, me observavam, este respondeu, após uma lufada, de fumo de cigarro, para o lado.
-Claro! O judeu ortodoxo!
Baixei a cabeça, fingi não perceber, e retirei também um cigarro, do meu maço de tabaco.
Ambos eram russos, e de Moscovo, e comandantes de companhias aéreas, e conhecidos, um do outro, á muitos anos. Alias foi através de Pierre, que conheci Dimitrove, em Xangai, no ano de 1989, recordo-me perfeitamente, daquele comandante, que por onde passava, não deixava nenhuma mulher, indiferente.
Dimitrove insistiu:
-Liga para ele, para vir aqui, Hotel Catarina.
Fiz o que disse Dimitrove:
-Pierre, sou eu Yranina, lembra-se de Dimitrove o Comandante da companhia russa, que costumávamos encontrar em Xangai? Olhe quer que venha aqui, estamos em Moscovo, no Hotel Catarina II.
Pierre Junot:
-Não me diga, que foi para a Rússia? Moscovo é horrível! é muito vermelho! esta ai com o KGB?, minha querida! A menina sabe, que eu não gosto de comunistas, por isso, deixei de viver na Rússia, diga ao Dimitrove, que um dia destes, encontramo-nos, longe da Rússia, provavelmente em Israel.
Dando uma gargalhada de seguida.
Disfarcei, e resolvi o assunto:
-Dimitrove! Pierre ia a conduzir, e a chamada caiu, vou tentar de novo.
Dimitrove ficou serio, fez sinal ao homens, atrás de si, para se retirarem, e olhou para mim.
-Pierre, não mudou nada, esta na mesma, eu ouvi a gargalhada,
continua fascista, não há nada, que o mude!!!
Desatando a rir, e os homens ali perto também!, não percebi! mas como eram ambos russos, ignorei!
Dimitrove, retirou-se e pagou a conta, eu fiquei por ali, a contemplar a beleza, daquele hotel russo.
O Hotel Catarina, era deslumbrante, salas grandes, com colunas a altura dos tectos, brancas debruadas a dourado, a condizer com tectos também com relevos, do mesmo tom.
Escadarias, com tapeçarias, nos degraus e espelhos na paredes laterais, para os pisos superiores.
Varandas interiores, debruçadas sobre o hall de entrada, do hotel Catarina II.
A decoração das salas, composta de cadeiras com sofás, de veludo azul, vasos enormes dourados, com palmeiras e outros arbustos.
Um hotel, muito ao estilo palaciano.

Hotel Catarina 12 de Junho de 2002
Começava a pensar, que so ja tinha, poucos dias de ferias.
Fiquei por ali sentada, o tempo passava, do outro lado os russos, estavam de olho em mim, e eu nem percebi.
O telefone toca, era Pierre Junot.
-Fofa c est moi! Pierre! diga-me uma coisa, ainda esta ai com o KJB?
Eu vou fazer-lhe companhia!
Sem que os russos percebem-se, enviei um sms, a pierre.
Fui jantar, e observava os visitantes, do outro lado.
Dimitrove, faz-me companhia, naquela noite.
-Então, judeu ortodoxo, ja ligou?
Desatei a rir, e Dimitrove também.
-Não, esta na Tailândia.
O russo, olhou desconfiado:
-Tailândia? Pensei que estivesse no Mónaco, ou em Londres, ou! Quem sabe? na Arábia saudita?
Olhei, Dimitrove, que tinha vontade de rir, e eu também.
-Pierre, trabalha numa companhia aérea, Australiana.
Dimitrove, sorriu.
-Eu sei, eu ouvi a conversa, á pouco.
Não me recordo, de ter falado, com Pierre, sobre esse assunto, e os russos por perto.
Acabei o jantar, e subi, para o quarto, Dimitrove saiu, voltou de manhã, quando eu tomava o pequeno-almoço.



Hotel Catarina II, 13 de Junho de 2002
O Hotel Catarina, recebera visitantes novos, e outros estavam de saída.
Alguns casos insólitos, que eu assisti, naquela manhã de chuva, que fiquei no hotel, a observar, o vai e vem, de turistas.
Alguns episódios, fizeram-me rir, tanto a mim, como aos russos,  caso do rapaz do cabelo roxo, que o empregado, deixou cair agua sobre o cabelo, e a tinta escorreu, pela roupa, manchando, o casaco.
Por culpa do cão, daquela senhora que chegara ontem da Sibéria.
O cão, que alçava a perna para todo o lado,  o empregado para não pisar o cão,  desviou-se, do cão, e entornou a agua sobre o cabelo do rapaz, que ficou muito zangado, e pediu a conta naquele, e dia foi embora.
Os russos estavam com olho no cão, e na senhora siberiana
O homem vestido de preto, e cabelo vermelho, que calçava sapatos vermelhos, e usava mala de viagem vermelha, so dormiu no hotel, uma noite.
O milionário, que se vestia de mendigo, que quase foi expulso do hotel, a actriz de cinema, que teve pena do mendigo, e que ia pagar as contas do hotel, quando lhe disseram que afinal, ele era milionário, ela teve um ataque de raiva, e ele pagou a estadia dela, para ela não o denunciar, nos canais de TV.
A senhora do cãozinho, teve que pagar as despesas, das calças, e outras despesas, por causa do cão.
Eu ja contava os dias, em contagem decrescente.
Gostava, daquele hotel, gostava de Moscovo
Depois a chuva abalar,  eu sai, e fui visitar Moscovo, e espreitar a casa onde nasceu Pierre Junot, Dimitrove contou-me, que família materna de Pierre, morava ali.

Hotel Catarina 14 de junho de 2002
Pierre liga naquela manhã.
-Oi, amiga! Esta ai o KGB?
Naquela hora, não estava mas chegou entretanto, pondo-se ao meu lado, a ouvir, quem era.
percebeu, que era Pierre.
-Dê-me o telefone, quero falar com Pierre.
Dimitrove, olhou o visor, e exclamou:
-Aqui, esta Maria Callas? Do outro lado um silencio.
Respondi, sem sinais de riso, eu tinha actualizado, o contacto de Pierre, mas esqueci-me de mudar o nome.
-Ah! Sim, é uma colega grega Maria Sartorius Calla, sim!
Dimitrove, deu-me de novo, o telemóvel, e eu falei com Pierre como se fosse, A colega da companhia aérea grega.
-Estava, a dizer-me onde eu estava? Houve aqui uma interferência, peço desculpa, amiga!
Pierre:
-Passe, lá o telefone, ao kgb!
Dimitrove, ja se tinha retirado, dali.
Chamei-o, mas ele estava ocupado, com os empregados.
Expliquei, a Pierre.
-Pierre, Dimitrove ja se retirou.
Do outro lado, Pierre:
-Ah! Deve ter ido a alguma reunião, com o chefe dele.
Corrigi, Pierre:
-Pierre, Dimitrove e os amigos dele, são donos de uma cadeia de hotéis, na Rússia, e não só! Tenha uma novidade, andei perto da sua casa, aqui em Moscovo.
Pierre:
-Coisas, que a minha, fofa amiga sabe!!! Atenção Dimitrove, continua a ser um KGB, não muda nada, alias, russos e alemães, são primos,  a imperatriz russa, era de origem alemã, a casa que minha amiga viu, não é perto do hotel Catarina II, mas perto do palácio da Imperatriz Catarina a grande.
Dando uma gargalhada.
Eu sabia, que era ali, Dimitrove sabia, e disse-me, ate porque o palácio da imperatriz Catarina a grande, não era em Moscovo, mas em São Petersburgo.
Dimitrove, chegou e ouviu parte da conversa ao telefone, retirando-me o telefone.
-Amigo, Pierre consta-se que os judeus, são primos dos árabes, conhece a historia?
Do outro lado, Pierre ria á gargalhada, e Dimitrove também.
Pierre:
-Não conheço! Deve ser uma historia, moscovita que apareceu depois, que fui viver, para Tel Aviv, Como vai Dimitrove?
Dimitrove:
-Olá comandante Junot, como vão os aviões.
Pierre junot, sorriu:
-Mal! Muito mal! comandante Dimitrove, mas mesmo assim, não me posso queixar, estou na vida que escolhi!
Dimitrove:
-Eu deixei os aviões, e vivo na Rússia a tempo inteiro, sou empresário.
Pierre junot:
-Sim, Yranina, contou-me, eu também ja tinha ouvido, algo sobre isso.
Sabe que eu sei tudo, conhece a historia, que eu era um elemento, da Mossad.
Dimitrove, desata a rir e do outro lado, Junot também.
Eu observava os turistas, do hotel, que chegavam de varias partes do mundo, e meditava, sobre uns pensamentos antigos.
A velha historia que Pierre, era espião da Mossad, é antiga.
Remonta a uns anos atrás, quando as duas tripulações, a russa e a nossa, constituída, por pessoas de varias países, se encontrávamos, em Xangai, no hotel Mandarim.
Do lado russo, Pierre era um espião da Mossad, e do nosso lado Dimitrove era da KGB, nunca se soube ao certo, se de facto era assim, porque nenhuma das partes, o confirmou nem desmentiu.
Depois disto, Pierre, encheu a minha caixa de correio, de msgs de sms.
Tais como:
-Não dê confiança aos russos, porque acaba,  militante do partido comunista russo, e será mais uma nikita.

Hotel Catarina, 15 de Junho de 2002
Com a falta de um recepcionista, Dimitrove, pediu-me para ajudar na recepção, dado a minha experiencia, em comunicar em varias línguas.
Uma experiencia, muito positiva que me atraiu, cada vez mais a Moscovo.
Turistas, de todos as partes do mundo, carregados de bagagens, chapéus e maquinas fotográficas.
Muitos deles, em grupos ou simplesmente sós.
A poucos dias de terminar as ferias, sou surpreendida com um convite do Presidente, da sociedade de hotéis, e não só mas também, das duas refinarias de petróleo, na Rússia.
Foi o que me dissera, Dimitrove.
Levaram-me ao gabinete, do gerente do hotel, onde estava o presidente, entrei e fecharam a porta, deixando-me ali.
Ao longe uma pessoa, sentada numa cadeira, mas de costas.
Muito sinceramente, fiquei com medo, a porta estava ao trinco, e eu sem saber, quem estava, sentado na cadeira, mas calculei na altura, que fosse homem, porque me foi dito, presidente, eu não consegui ver a pessoa.
A cadeira, negra de pele, foi-se virando, e la estava o presidente, Dimitrove Angelus Kratof, se Pierre tivesse ali, diria logo:
-O KGB, tinha que ser, o chefe dos serviços secretos, que trabalhava na Georgia, tive vontade de rir, depois deste pensamento, Dimitrove sorriu para mim, eu fiquei séria, mas depois sorri também:
-Então, sr presidente, porque solicitou a minha vinda aqui?
Dimitrove.
-Como vai desde há pouco, hospedeira? Decidi, traze-la aqui, para lhe fazer um convite.
Gostaria, que ficasse connosco, directora de pessoal do Hotel Catarina II, os meus sócios e colaboradores, adoram-na, também tenciono trazer para aqui, caso queira, o nosso amigo Pierre Junot, depois trata desse assunto para mim, pense no negocio, que lhe proponho.
O presidente Dimitrove, retirou-se, deixando uma pequena caixa, de veludo vermelho, em cima da mesa, que quando entrei, a vi de imediato.
-Dimitrove, deixou ali, uma caixa!
Dimitrove , soltou uma gargalhada.
-Sim! Eu sei! é para si! querida!
 Debrucei-me, e apanhei a caixa, e abri um colar de diamantes, um anel e brincos.
Dimitrove, voltou para tras.
-Isso é para a directora de pessoal, do hotel Catarina II.
Sentia-me, cada vez mais presa, aquele lugar, russo.
Eu adorava, contacto com pessoas, por isso era hospedeira.
Telefonei, ao Pierre..
Estava, em voo, e não atendeu.

Hotel Catarina II, 16 de Junho de 2002
Dimitrove, insistia na minha resposta, quando nos cruzávamos.
Finalmente, Pierre ligou, contei-lhe a proposta de Dimitrove.
Pierre:
-Amiga, a decisão de aceitar propostas, de ex-comunistas! é sua!
Mas se pagam bem! Aproveite! A Rússia hoje em dia, ja é democrata, se quiser ficar, é consigo! não contem comigo, para já!
Apesar dos meus familiares maternos, serem de origem russa, mas viver ai, esta fora de questão!,por enquanto!
Transmita o meu recado.
Dimitrove, estava ausente por uns dias, e as minhas ferias terminavam, amanhã.
Um dos gerentes do hotel, vem ter comigo.
-Dona Yranina, tem aqui o seu contrato para directora de pessoal, quer fazer o favor de assinar.
Aceitei, a folha do contrato e li, com calma, o homem retirou-se.
-Dona Yranina, estou na recepção.
O contrato, era quase milionário, e só por um ano, eu podia ali ganhar o dobro, do que ganhara, na companhia aérea, e ali era directora de pessoal.
Assinei o contrato.
Não disse nada a Pierre, transmiti apenas ao homem da recepção, a quem Dimitrove, tinha entregue o contrato, e a resposta de Pierre.
-Muito bom, Dona Yranina, vou transmitir isso! ao sr presidente.
Enviei um fax, á companhia, a contar o sucedido.
A companhia, respondeu de imediato, que eu ainda tinha, mais uma semana de ferias.
Mas a meu pedido, estava desligada da companhia, durante um ano.
Começaram as minhas funções de directora de pessoal, no hotel Catarina, em Moscovo.
Pierre, liga:
-Olá querida, que tal, com as novas funções? Eu mudei de empresa, vou para Califórnia airlines, quer vir? Viver em Los Angeles?
Respondi:
-Não Pierre! Passe bem!
Fiquei confusa, naquela tarde, precisava de tempo, para pensar, o meu sonho era trabalhar, na Califórnia e o  podia tornar-se realidade, precisava de uma desculpa, para viajar de novo.
Mudei de roupa, e sai do hotel, o ar fresco de Moscovo, iria fazer-me bem.
O emprego milionário, que tinha durante um ano, pesava na minha decisão, de virar as costas, ao hotel.
Percorri alguns metros, e parei a olhar o telemóvel, que estava no silencio, mas tinha uma chamada, não atendida sem numero, não dei importância, e guardei de novo o telefone.
A minha cabeça, estava uma confusão.
Ou continuava ali, ou encontrava uma boa desculpa, e ia embora.
Começa a chover, e regresso ao Hotel Catarina II.
Decidi falar com Dimitrove, e contar-lhe logo, que ele chega-se.

 20 junho de 2002, California.
Continuei a escrever o diário, porque mais uma vez, estou de ferias.
Decidi, ir  aos Estados Unidos, conhecer a Califórnia, Pierre acompanhou-me, neste passeio, ate Santa Barbara.
Nos dois dias, das folgas dele.
Fiquei no Hotel, em Santa Barbara, a Riviera americana.
Daquele Hotel, podia apreciar a paisagem luxuriante, em redor e em frente e á volta, alem de ter as montanhas, da parte de cima, e as vinhas, da parte de baixo do hotel.
Ao fundo o oceano pacifico, e as praias.
Naquela noite, sentei-me numa cadeira, da varanda a ouvir o som das ondas, do pacifico, e a olhar o céu, imaginava-me de novo, a voar.
Pierre estava na casa de uns amigos, quando bateram á porta do quarto.
Era o empregado, a trazer-me o jantar.

Santa Barbara hotel, 21 de junho de 2002
Pierre, estava aqui, na Califórnia, em casa de uns amigos, mas por pouco tempo.
Convenceu-me a voltar para a companhia aérea, onde trabalhei, se por caso, fosse isso, que eu deseja-se.
-Querida, não quero interferir, na sua vida, mas tem que decidir, o que quer para si! Percebeu?
Mas eu estava decidida, a voltar para Moscovo.
E transmiti, isso mesmo a Pierre.

Hotel Catarina II, 22 de junho de 2002
Dimitrove, esperava-me.
-Vai voltar, para companhia aérea?
Fiquei, a olhar Dimitrove.
-Não! Para já! Agora vou para o meu quarto, e depois para o meu gabinete.
Dimitrove.
-São cinco da manhã.
Olhei o relógio.
-Pois é! ate logo.
Subi a escadaria, e Dimitrove saiu.
No dia seguinte, guardei o diário, porque as ferias tinham acabado.
O meu trabalho, era no 1º piso do Hotel Catarina II
Pierre Junot, ligou-me, meia sonolenta, fui ver a mensagem.
-Querida, voltei para a Cor airlines, depois sigo para Israel.
respondi, a Pierre:
-Até logo, encontramo-nos no rio Jordão.
Pierre, apareceu naquele dia, no Hotel Catarina II, em negócios.
Um grupo de amigos, acompanhava-o.
O objectivo era converter a casa de família, numa filial petrolífera, aqui em Moscovo.
Tentar convencer Dimitrove e os sócios, a fazerem parte desta  grande empresa, como accionistas.
Recebi um convite, inesperado, para voltar a Santa barbara, Califórnia.
O mesmo cargo, que tinha aqui, não aceitei.
Tive uma longa conversa com Dimitrove, e Voltei para a companhia aerea Cor airlines, após alguma horas ao telefone,, a contar estes episódios de ferias atribulados, e muito intensos. 
No dia a seguir, fui a casa, a Varsóvia, o relógio da sala parado, nas 4.45 horas, acabou-se a pilha.
Tinha voo, daqui a duas horas, e seguia de imediato para Xangai.
Destino, Hotel Mandarim, para me juntar á tripulação, uma colega, trocara comigo o cargo no hotel Catarina II, em Moscovo, ela era de origem russa, e adorava Moscovo, e queria deixar, a companhia aérea.
Cheguei ao hotel, os chineses receberam-me, e perguntaram pelo resto da tripulação, eu fui dormir, de madrugada recebo mensagem.
De manhã, fui ver, era a foto de Pierre:
-Querida, espero por si, cá em baixo, para pequeno almoço, não se esqueça! vai voar comigo, daqui a poucas horas.
Não tenho duvidas, que foram os chineses, que lhe contaram tudo
 ana paula alberto caldeira 29/06/2014  
AS CRONICAS DE D ALENQUER DE QUARESMA IV



Crónicas de regresso ao Brasil.
Estava no spa, em Estocolmo, como era habito á uns meses a esta data, quando sou interrompido, pela empregada do SPA, trazia noticia que minha mãe, queria falar comigo, assim de repente assustei-me, que fazia a baronesa de Alenquer e Quaresma, em Estocolmo.
Mas logo percebi, que estava ao telefone.
Interrompi as massagens, e os banhos quentes, para falar com a minha mãe, um familiar brasileiro falecera, eu ainda era aparentado, com a família Imperial brasileira, era importante eu acompanhar a minha mãe, neste momento difícil para a família imperial.
Minha mãe convenceu-me regressar ao Brasil, eu tinha sido bafejado pela sorte, o tio Horácio da Silveira e Arantes da Cunha, do Nascimento e Sousa, Digníssimo barão, fazendeiro, deixara testamento, e eu estava lá nomeado, para a herança, assim como os meus irmãos, e minha tia Joaquina de Alenquer e Queresma de Duorsay.

Crónicas no Rio de Janeiro.
Fiz as malas, e o resto seguiu depois, a minha ex mulher, estava em Londres com o chefe de governo, fazia parte do staf do governo sueco, mais propriamente do protocolo.
Regressar ao Brasil era sempre, muito interessante, o calor infernal, deixava-me feliz, depois de estar, no norte da europa, a muitos graus abaixo de zero.
Para tras ficavam, muitos amigos e amigas tambem.
Gostei da Suécia, apesar de ser muito frio, muitas dias de noite, neve e mais neve, mas tive episódios de vivência, muito interessantes.
Como o episódio do almoço, na residencia particular, da familia real sueca no palácio Drottningholm,  em que tive o prazer de trocar impressões com a rainha sofia, que é de origem brasileira.
Cheguei ao Rio eram quase quatro da manhã, á minha espera o motorista da minha mãe, que de seguida me levou, para a casa grande na Tijuca.
Não sei porquê aquela, porque ela vive noutra, em Angra dos Reis.
Pelo caminho Gilberto, falou-me de uns negócios interessantes, que ele tinha lido no jornal Folha de São Paulo, e do meu regresso á politica.
Dei-lhe atenção, enquanto lia as novidades no Ipad.

Crónicas do testamento do barão fazendeiro, o tio Horacio
A cerimonia fúnebre correu com normalidade, a nobreza barsileira, estava toda lá.
O tio horacio, foi para o masuléu, que mandou construir em vida.
A minha mãe, e a outra irmã joaquina de Alenquer e Quaresma, tinham lá lugar.
Estava no testamento do barao fazendeiro, isso elas já sabiam.
Joaquina não tinha filhos, e era dona de uma fortuna incalculavel, e duquesa consorte, vivia na europa, no luxemburgo, e casara com um frances, ainda aparentado com a famila real, francesa.
Lá fomos á leitura do testamento, a minha parte era a casa grande, que meu tio herdara dos tempos, da imperador D Pedro.
Imaginava-a velhíssima, mas minha mãe garantiu que estava, como nova, porque seu irmão morava lá, com jinjin, a mãe de santo, fiquei perplexo, com a normalidade com que minha mãe, falava de mãe de santo.
Os meus irmãos, ficariam com as fazendas do tio, que tinham cafezais, cacau, soja, e muito gado, etc.
E a tia joaquina de D Orsay, herdara duas grandes fzendas, uma no rio grande do sul, e outra em Manaus, com centenas e centenas de hetcares, e milhares de cabeças de gado.
A minha mãe, um casarão em são Salvador da Baia, dos tempos do avó deles, que era coronel e Barão de Salvador da Baia.
Depois disto, eu e os meus irmãos reunimo-nos, na casa grande do Imperador D Pedro, como era conhecida.
À nossa espera um grupo de empregados, dos tempos do tio Horácio, não estava lá, mãe de santo, o que achei estranho.

Crónicas das heranças e visita as fazendas
Os meus irmãos, não estavam interessados nos cafezais, nem no cacau e eu também não.
Minha tia, tambem não queria as fazendas, rumou de imediato para europa, para junto do marido, o francês Justin Dorsay
Tivemos que chegar a um acordo, de imediato telefonei a um amigo, para vender as fazendas, para resolver o assunto.
Um dos meus filhos, mais velhos, mostrou-se interessado, no negocio e fomos ver em que estado, estavam as fazendas do tio horacio, as dos meus irmãos, as da tia, coisa que ela não autorizara.
Minha mãe dizia, que algumas fazendas, eram dos tempos, dos colonizadoras portugueses, portanto historicas.
Eu imaginava mais um a vez, tudo no chão, ao fim de alguns seculos, passados.
Eu não estava habitado, aquele tipo de situações, isto para mim era uma novidade, meus dois irmãos acompanhavam-me.
Reconheço no entanto, que tudo isto era a historia da minha familia, os Alenquer de Quaresma.
Chegamos a São josé da Trindade, estava tudo fechado, aquela hora.
António de Alenquer de Quaresma meu irmão, muito parecido comigo, descobriu o bordel aberto, o "Coração Vermelho"
O meu filho mais velho, encostou logo o carro, e desapareceu.
Eu fiquei por ali á espera do restante pessoal, que desapreceram tambem para aquele lugar, muito iluminado, e muito barulhento.
Sozinho, procurei um sitio para comer, e facilmente encontrei uma pensãoa aberta, a “Lua Cheia"por ali pernoitei, naquele sitio, perdido em Minas Gerais.
Pensava, em silencio, onde estava metido, vasculhei debaixo da cama, e no roupeiro, por algum bicho grande, tipo anaconda, capivara, escorpião, etc, mas não encontrei.
So alguns mosquitos, o que me trouxe, algum alivio.

Crónicas da fazenda da sinhá condessa de Aveiro
De manhã, fui á procura deles ao bordel, os meus filhos finalmente vieram,  meios sonolentos, e com ar de bêbados, e os meus irmãos tambem.
Um homem internacional como eu, diplomata, politico, aristocrata, metido numa coisa destas, num sitio destes, era motivo para imprensa, comentar e seria a minha desgraça.
Não percebo,  porque não querem as fazendas, passa-se qualquer coisa, de anormal.
La fomos depois de almoço, por terra batida, para a fazenda da trisavõ do meu tio, que
 era portuguesa, mas nunca la morou, um fenomeno.
Onde estou metido, kilometros e kilometros de cafezais a perder de vista.
Chegamos, paramos os carros todo o terreno, e ficamos a olhar o sitio.
A casa ao longe, branca rodeada de arvoreado, com muitas janelas e de dois pisos, e amplos jardins, com palmeiras, á frente.
Parecia em  bom estado, pela aparencia, haveria ali, muita manutenção.
Um homem veio receber-nos, á porta e subimos a escadaria de pedra.

Crónicas da descoberta da fazenda.
Buarque do Nascimento, negro fazendeiro que vivia ali há anos, tomava conta da fazenda, e tinha muito estimação por sitio, da sinhá condessa.
Para mim foi um alivio, estava vendida.
O meu filho mais velho, foi descobrir a fazenda sozinho, os tios seguiram-no.
Fiquei ali com Buarque do Nascimento, conversando a unica pessoa valida era eu, para falar com o fazendeiro, o que resto, era para esquecer, infelizmente.
Eu costumo dizer, os amigos escolhemos, mas a familia não, é o meu caso.
Buarque gostava da fazenda, isso eu percebera, falava da condessa com um enorme entusiasmo, mas que nunca, quem quer que fosse, a conheceu, pelos menos eram os relatos das gerações, que ali viveram.
O que se constara, e era verdade, e´que a condessa, vivera no rio de janeiro, numa casa grande, com um banqueiro judeu, que era seu marido, que segundo relatos, era um dos homens, mais ricos, da america do sul, Jeremias Haron, um homem poderoso, no seu tempo.
Esta historia, tal como outras das fazendas, algumas eu desconheço, porque vivi sempre na europa, e poucas vezes vinha ao Brasil.
Buarque convidou-me a entrar, onde nos esperava, um manjar que parecia delicioso.
O nosso discurso, foi interrompido, por uma mulher de pele branca, que apareceu entretanto, que suponho viera a cavalo, pelos menos dava aparencia disso.
A munlher era linda, só não percebo, porque trazia roupa tão justa, a roupa colada ao corpo, fez-me pensar, que tomara banho em alguma cachoeira, ou coisa do genero.
 Passou por mim e esboçou um sorriso, e eu também, seguiu em direcção ao corredor, suponho para mudar de roupa, e eu a olhar as curvas e as lombas, por detras.
O corpo da senhora, era muito acentuado, em alguns pontos, talvez os mais importantes.
Pus-me a pensar, será que eu sabia dirigir, aquela estrada toda, sem ter um acidente.
Dei por mim a rir sozinho, sem que o fazendeiro percebe-se, claro.

Crónicas de volta para casa.
Regressamos de noite, para o rio de Janeiro, sem ter vendido a fazenda, da sinhá condessa.
Em vista estava uma outra fazenda, a do espírito santo.
Dormimos no palácio do tio Horácio, que era meu por herança, e não seria vendido.
Eles foram fazer descoberta ao palácio, estava quente no Rio, naquela noite de carnaval.
Ouviam-se os tambores, e o samba da escola que passava ali perto.
Eu fiquei por ali trocar impressões, com o pessoal da casa.
Todos tinham historias incríveis, sobre o Palácio de D Pedro, Imperador do Brasil, como era conhecido.
Os quadros do tio, a sala das porcelanas portuguesas, eram um sonho, os quadros das familias antigas, da nobreza portuguesa e da brasileira, e lá estava a Condessa de Aveiro, com o Imperador, em pequenos, e muitas mais fotos, que daria um dia inteiro, para estar a ver.
Mandei servir o jantar, ali mesmo, o restante pessoal, partiu para o samba, jantei com os empregados do palácio.
O tio conservava este palácio, não se sabe porquê, dizia mãe de santo, que entretanto apareceu, que este edificio, foi herança dos portugueses, para familia dos Alenquer de Quaresma..
Concordo, mas os portugueses, chegaram ao brasil á alguns seculos, o que jinjin, queria dizer, era a chegada da familia real portuguesa, ao Rio de Janeiro, depois das evasões napolionicas, em todaa europa, e portugal inclusivé.
Um pequeno relato de historia, eu e Jinjin, que foi optimo, até porque esta mulher de sonho, fazia o tio horarcio maluco, e ela era de facto uma mulher encantadora, não sei o que lhe coube por herança, mas suponho dinheiro, muito dinheiro, porque disso o testamento, não consta.

Crónicas da viagem á fazenda do Espírito Santo, na Baia.
No dia seguinte, seguimos para a fazenda do Espírito Santo, la para os lados de São Salvador da Baia.
A fazenda do Espírito Santo, tinha segundo relatos imensas historias, e muitos pés de cacaueiros.
O tio mantinha aquela fazenda, la na Baia, porque estava enamorado, por uma mae de santo, que conhcera na Baia.
Os meus filhos riam á gargalhada, quando os meus irmãos, contaram esta historia, eles não conhceiam Jimjim.
Tive que os corrigir, que de facto ela existe, e era muito feia, e sem dentes talvez para prevenir consequencia, desagradaveis, eles e a senhora.
Chegamos, ainda de dia á Baia, fomos para a fazenda de seguida, que não era longe, de São Salvador.
O meu irmão mais velho, seguia no carro todo terreno, á frente.
Ja me tinham avisado, que a fazenda, era muito estranha, mas não explicaram, apesar de eu insistir.
Na viagem, so pensava naquilo, olhava á volta, um passaro branco, emploeirado numa arvore, pos-me a pensar.
E quando avistamos luzes, fiquei contente, porque já tínhamos saído da estrada e estávamos em terra batida, numa escuridão, mais de meia hora, e outro pássaro branco, logo ali ,á entrada da fazenda.
Eu ja via pássaros brancos, em todo lado.
Finalmente a fazenda, com as luzes todas, acesas.
Um casarão monumental, de dois pisos,  com igreja nas traseiras, e patio interior, constava-se que tinha sido convento, o do Espirito Santo.
Muito arvoredo, e claro a celebre senzala, mais abaixo.

Crónicas das historias da fazenda do espírito santo.
A fazenda era muito grande, e o casarão também, e disso nós sabiamos, pela fachada, e parte das traseiras e lateral, onde se via a frontaria da igreja.
A diferença desta fazenda, da outra de Minas gerais, era a celebre senzala, onde aparecia o homem mocho, que os negros diziam, que era um mocho branco, e a cachoeira, onde morreu o homem mocho, afogado.
Tento, ignorar tudo isto, não é o tipo de historias, que me despertam a atenção.
Historias ou lendas, que se contam, sobre fazendas históricas.
Aquela era, a que tinha um homem, que era mocho, ou tinha cabeça de mocho.
Aquela noite para mim, foi um pesadelo.
Um grupo de negros, veio recebermos, e entramos para dentro da casa.
Uma sala grande, com moveis de estilo, sofás numa outra sala, ao lado daquela, separada por um arco,  e um corredor ao fundo, do outro lado.
Muitos moveis, e quadros do tio, mais a família imperial brasileira, num mais antigo, os antepassados da família imperial, e a coroa portuguesa.
Achei interessante, eles manterem aquelas fotos, da família real portuguesa.
Acomodamos-nos, nos quartos, mandaram servir o jantar.
O jantar foi delicioso, e de seguida fomos para a sala grande, para beber licor, e café plantado ali.
Os guardiãos da fazenda era um grupo de negros, descendentes dos que dormiam na senzala.
 Mariano, o mulato contou a historia, da mulher que aparece ali, de vez em quando, vestida de noiva, eu percebi, mas os meus filhos perguntaram quem era.
Um dos negros, começou a rir, e disse que era fantasma.
Os miúdos fugiram, mas depois voltaram, comentando que queriam ver a fantasma.
Achei interessante, um dos meus irmãos tremia.
Olhei para o fundo do corredor, e apercebi-me de qualquer coisa esquisita, numa parede.
Olhei um dos negros, e questionei-o se o outro fantasma, tinha ficado sem cabeça.
O mariano, como se chamava, abanou a cabeça que sim, era o capataz, que ficou sem cabeça, numa rixa na fazenda, com outros jagunço.
Eu estava a viver um sonho tenebroso, com jagunços, homens mochos, e fantasmas.
Fomos um a um, para os carros e dormimos lá, naquela noite, inesquecivel.

Crónicas do dia seguinte, na fazenda do espírito santo.
Telefonei para minha mãe a contar o sucedido, e ela confirmou, a fazenda do espírito santo, estava a assombrada, á muito ano, desde que padre Inácio da Picura, foi embora.
Era local de encontros, de mães e pais de santos,  e muitos trabalhos.
Confidenciou-me, minha mãe, que lhe contara a sua empregada, a negra velha da baia, como gostava de ser conhecida.
Tomamos o pequeno almoço, longe dai, e claro não fizemos negocio, assim que ficou de dia, no horizonte abalamos nos carros, para São salvador da Baia, onde ficamos a digerir a noite anterior.
Telefonei á sociedade dos irmãos do Mariano, perguntei, qual era os lucros da fazenda, e eles vieram mostrar-me, as facturas de venda de cacau, soja, algum café, e muito gado.
Perante este cenário, de pensar, para falarmos melhor, sobre a fazenda, mas sempre pelo telefone,a não ser que venham ao Rio de janeiro, como disseram os meus irmãos.
Um alivio, existir telefone.

Crónicas no Rio de Janeiro.
Pus fim á historia das fazendas, tinha recebido imensos mails de amigos meus, para regressar á vida internacional.
A vida no palácio, na avenida das mangueiras, como também era conhecido, ali em Petrópolis, era calma, o tio conservara este edifício, com o dinheiro das três fazendas.
Os lucros da venda do café, cacau, soja e gado.
Numa das salas interiores, encontrei um quadro, igual ao da fazenda do espírito santo, com a chegada da família real portuguesa ao rio de Janeiro, noutro ângulo D Pedro, imperador do Brasil, já adulto, com farda militar.
Estive a ler em pormenor o testamento, a ultima fazenda era em Mato Grosso do sul,  algures perto do Pantanal, pela descrição do tio, e algumas fotos, nas gavetas da sua secretaria, percebia-se que aquela fazenda, era a que mais gostava.
Eu pessoalmente, não gostava de fazendas,  so de cidades internacionais, vida diplomática, politica, e algumas distracções, que não eram fazendas,
Telefonei ao meu irmão, nessa tarde, sobre a fazenda do pantanal.

Crónicas da viagem e estadia, na fazenda Tres Lagoas, Mato Grosso do Sul
A fazenda, tinha sido comprada pelo tio, a uns descendentes de italianos, que a tinham comprada a uns bolivianos.
Uma fazenda diferente das outras, na sua arquitectura, e mobiliário.
Varandas, no 1º andar, azuis e versianas da mesma cor, no res-do-chão, janelas com grades, tambem azuis.
Muito interessante, este casarão.
A fazenda tinha também muito gado, nomeadamente criação de cavalos.
Os meus filhos não foram, apenas eu e os meus irmãos.
Os fazendeiros, eram brancos e eram descendentes dos empregados da fazenda, provavelmente italianos ou bolivianoss, não me preocupei, com isso, estava cansado, de este tipo de assunto.
Esta seria a ultima noite, que eu visitaria fazendas, que couberam aos meus irmãos.
A noite estava fresca,e linda aqui no pantanal.
Naquela tarde, conversamos, com o casal sobre as contas daquela fazenda, um dos meus irmãos, trocava olhares com a mulher do cavalo.
Enquanto falamos de contas, ele vagueou, pela beira do rio, e perdeu-se em pleno pantanal, para grande desgraça, minha do ricardo  e dos fazendeiros.
Um dos fazendeiros, contou-me uma historia muito interessante, tais como anacondas gigantes, e corcodilos enormes, e outras criaturas gigantes.
Fiquei aterrorizado, só de pensar, que aquele desgraçado, estaria a ser comido, por uma orca, de imediato fui corrigido, que ali não existe orcas.
Nessa noite ouviu-se um estrondo, era ele a bater na porta, o fazendeiros foi buscar a espingarda e a mulher outra, mais outras carregadas, atras da porta.
So pensasva, dentro de 2 horas, estou no rio de janeiro, de novo e acabou.

Cronicas embaixador do Brasil em Washington
Depois dos episódios das fazendas, regressamos ao Rio de Janeiro.
Cansado, naquela tarde repousei na sala, do jardim botânico, no palacio das avenidas das mangueiras, no Rio de Janeiro.
Esta avenida com este nome, estranho vem dos tempos, em que  era zona de arvores, onde se colhiam muitas mangas, que é fruta da mangueiras.
Li isto numa das cartas do tio, para a irmã que vive na europa.
Hoje já não existem, estas arvores.
Aquele casarão espaçoso, era um espaço acolhedor, pouco a pouco apercebi-me, das suas dimensões, fazer visitas a todos os compartimentos, era tarefa para muitos dias, ate porque existia muitos espaços fechados, reparei tambem por uma breve, visita guiada que havia poucas fotos, do tio.
Nessa mesma tarde de terça-feira,  deram-me, a novidade via email, não queria acreditar, mas era eu, que vinha na  imprensa brasileira, e internacional fazia os comentários do costume, que eu estava ligdo á maçonaria.
Como era meu habito, esclareci o assunto com a imprensa, para esclarecer que eu era um homem ligado á politica, e um diplomata de  renome internacional.
Aquilo era de facto, uma novidade para mim, tentei disfarçar a surpresa, mas era eu o embaixador do Brasil, em Washington.
E, mais, estava na mais alta esfera, do meu partido.

Cronicas da ida para washington
Estava de abalada, para washington, os amigos partidarios, vieram dar-me os parabens.
Homens da politica e simplesmente, militantes do meu partido, que eu tambem adorava, ve-los de novo, e outros reave-los.
No meu partido, todos os militantes são iguais, se bem que em alguns, partidos as coisas não são, bem assim.
Os cargos políticos foram algo, que nunca me fez de mim, uma pessoa soberba.
Felizmente, mas eu era, um Alenquer de Quaresma.
Para tras ficara, duas semanas e meia de passeios, pelo Brasil á descoberta das fazendas, do tio horacio, eu desconhecia esta realidade, da vida do meu tio.
Os meus irmãos, rumaram para a Colombia, onde moram á anos, e esqueceram as fazendas.
Os meus filhos e minha mãe, voltaram para o apartamento de Copacabana, como é habito, nesta altura do ano, as praias.
Despedi-me do casarão, da avenida das mangueiras, a minha vida, não era viver de recordações, nem minhas, nem dos outros, por agora.
Ao pensar assim, estava na altura de escrever as minhas memorias, talvez depois deste cargo.
Fiz as malas, e rumei para o aeroporto, seguindo para Brasilia.
Depois de passar pelo Planalto, eu já era embaixador do Brasil, nos Estados Unidos.
Os priemiros dias em washington, foram tranquilos, mas ainda frios.
Estava alojado no hotel, por agora.
A recepção na embaixada, foi sensacional, muitos amigos, que chamaram outros amigos, e a embaixada era pequena, para tanta gente.
Eu era um homem feliz.
Conhecer o Presidente Obama, era o meu grande objectivo.
Depois do almoço, naquela tarde, solarenga de washington, conversamos eu e Marcelo Pituy, acerca disso.
O meu secretario, tinha amigos no partido democrata americano, e o meu sonho podia tornar-se realidade.

Cronicas a sexta-feira de sorte, finalmente chegara á Casa Branca.
Marcelo Pituy, teve que se ausentar e deixo-me com a sua secretaria, marlene souza.
Os meus passeios, matinais eram a comptemplar a Casa Branca, antes de ir para a embaixada.
Um dia, cruzei-me com marlene souza, e respectiva mulher desta, uma americana.
Judy Carlton, era democrata, e o meu sonho podia tornar-se realidade, eu entrar na Casa Branca e poder cumpriemntar o presidente.
Marlene, apoio desde o inicio, o que me deixava muito feliz.
Comtemplava, marlene uma mulher exuberante, uma diplomata tambem como eu, mas com gostos, para o qual eu não consigo comprrender.
Os meus dias na embaixada, eram sempre com a companhia de marlene por perto.
Acompanhei o seu divorcio, e passaei a acompanha-la, pelas ruas de Washigton, marlene mudou de gostos, para minha grande satisfação.
A manhã de sexta -feira, para mim foi inexquesivel, fazia o meu passeio por perto da Casa Branca, quando vejo o Bo, fiz-lhe adeus, e cumpriemntei-o.
O segurança, veio ate mim, questionar-me, sobre o que queria dali, eu identifiquei-me de imediato.
No outro dia o Presidiente, queria conhcer o embraixador do Brasil em Washington.
E eu, D Alenquer de Quaresma, so já pensava nesse dia, eu era o primeiro monarquico, aparentado á familia imperial brasileira, a cumprimentar um Presidente Americano.
Eu ficava na historia, da realeza imperial brasileira.
Depois deste feito historico, para mim e minha familia, provavelemnte escreverei as minhas memorias, daqui a alguns tempos.
Ana paula alberto caldeira 07/03/2014